quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Fácil ... Difícil

Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que se expresse sua opinião...Difícil é expressar por gestos e atitudes, o que realmente queremos dizer.
Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias...Difícil é encontrar e refletir sobre os seus próprios erros.
Fácil é fazer companhia a alguém, dizer o que ela deseja ouvir...Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer a verdade quando for preciso. Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre a mesma...Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer.
Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado...Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece.
Fácil é viver sem ter que se preocupar com o amanhã...Difícil é questionar e tentar melhorar suas atitudes impulsivas e as vezes impetuosas, a cada dia que passa.
Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar...Difícil é mentir para o nosso coração.
Fácil é ver o que queremos enxergar...Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto.
Fácil é ditar regras e...Difícil é segui-las...
(Carlos Drummond de Andrade)

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

O Fogo e a Àgua

Chuang era um poderoso duque do século IV a.C. governava um distrito que no passado havia prosperado bastante. Mas, desde que Chuang assumiu o governo, os negócios tinham-se deteriorado e sempre era comparado ao seu antecessor. Confuso Chuang dirigiu-se as montanhas para aconselhar-se com um velho sábio. Chegando lá encontrou-o sentado contemplando o vale. Demoradamente explicou-lhe sua situação e angústia e aguardou com ansiedade a resposta do mestre. Mas não houve uma só palavra, em vez disso apenas um pequeno sorriso e um gesto para Chuang acompanhá-lo. Silenciosamente caminharam até que as águas do rio molhassem seus pés. A outra margem ficava distante e não podia ser vista, tão largo era o rio. Depois de olhar as águas, o mestre preparou uma fogueira. As labaredas subiam altas quando o mestre fez com que Chuang sentasse a seu lado. Ficaram ali sentados por longas horas, enquanto o fogo queimava, brilhante. A noite veio e se foi. Na aurora as chamas já não dançavam mais. O mestre pôs se a falar: - Agora entende por que é incapaz de fazer como seu predecessor fez para sustentar a grandeza de seu distrito? Chuang olhou-o perplexo. Sabia tão pouco quanto chegara, sentia-se envergonhado por não ter aprendido a lição. - Grande mestre - disse - desculpe a ignorância, mas não consigo alcançar sua sabedoria. - O mestre pacientemente falou-lhe: - Reflita, Chuang, sobre a natureza do fogo que queimava à nossa frente. Era forte e poderoso. Suas chamas subiam, dançavam e choravam, como se vangloriassem-se de algo. Nenhuma grande árvore ou animal poderia igualar essa força. Com facilidade, poderia ter conquistado tudo ao seu redor. - Em contraste, Chuang, considere o rio. Começou como um pequeno fio nas montanhas distantes. Às vezes rola macio. Às vezes rápido, mas sempre navega para baixo, tomando as terras baixas como seu curso. Contorna qualquer obstáculo e abraça qualquer fenda, tão humilde é sua natureza. A água dificilmente pode ser ouvida. Quando a tocamos, percebemos que ela dificilmente pode ser sentida, tão gentil é a sua natureza. - No final o que sobrou do que foi todo poderoso? Somente um punhado de cinzas. Por ser tão forte, Chuang, ele destrói tudo à sua volta, mas também se torna vítima. Ele se consome em sua própria força. - O rio não, ele é calmo e quieto. Assim, ele vai rolando, crescendo, ramificando-se, tornando-se mais poderoso a cada dia em sua jornada em direção ao imenso oceano. Ele provê a vida e sustenta a todos. Depois de um momento de silêncio, o mestre volta-se para o duque. - Da mesma maneira como a natureza, isso ocorre com as pessoas. Há aquelas que são como fogo, poderosas e autoritárias. Há também os que são humilde como a água, donas de uma força interior de grande alcance e capazes de capturar o coração das pessoas. Aquelas não constróem. Estas trazem uma primavera de prosperidade para suas províncias. E continuou o mestre: - Reflita, Chuang, sobre o tipo de pessoa e líder que você é. Talvez a resposta para seus problemas esteja aí. Como um feixe de luz, a verdade se acendeu no coração do duque. Chuang ergueu os olhos. Tendo deixado seu orgulho de lado, ele agora só via o nascer do Sol, do outro lado do rio. Toda vez que se deparar com um obstáculo, lembre-se da natureza do rio, que com sabedoria contorna todos até atingir o seu objetivo que é o oceano. Jaci José Delazari

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Emoções

Abrigamos dentro de nós um número incalculável de emoções contraditórias, vastas camadas de reacções pueris, sobre as quais temos pouco ou nenhum controlo. Alain de Botton

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Rita

Dou comigo a pensar em ti ... Por momentos distraio-me com o trabalho ou em casa com os meus "bonecos" mas logo que posso ... vens-me à lembrança! e sempre que posso falo de ti ... e sempre que me dou conta e mesmo que não possa, é de ti que estou a falar ... Como te tornaste tão importante para mim ... tão fundamental para o meu equilibrio ... És um doce ... o meu miminho! A sobrinha que não tive (de sangue) mas que tenho no coração e na alma. E que sinto ... e com quem vibro quando está feliz e por quem me preocupo porque está triste ou doente. Dei-me conta que já preciso de ti, do teu sorriso, das tuas gargalhadas, da nossa cumplicidade e do afecto que sei que nos une. Não me deixes! Uma balança tem dois lados e a minha já tem de um lado o Gui e do outro a ti ... não me deixes! Amoru-te assim muitão!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Aperto ...

Tem dias que me olho ao espelho e o que lá se reflecte não corresponde ao que acontece à minha volta. Nem sempre gosto assim tanto de mim ... mas hoje gosto! E percebo que com a idade aparecem mais rugas, mais quilos e mais celulite mas ganha-se mais confiança, mais segurança e mais encantamento. Sinto-me num circulo transparente de ar puro que me protege das incansáveis e tristes investidas de hipocrisia e falsidade. E cá estou eu novamente a escrever sobre amizade ... mas não desesperem que não volto a escrever sobre o meu conceito, porque já sabem e os que me conhecem bem e se dão e deram ao trabalho de o fazer, sabem-no que amizade é reflexo de incondicionalidade. Por isso hoje gosto muito mais de mim ... E não me refiro ao aspecto físico, porque nesse registo sou batida aos pontos pela perfeição muitas vezes do que um creme ou uma cor escondem... mas ainda assim sou constantemente castigada com a decepção e a desilusão de me fazerem acreditar num sentimento tão nobre e tão grato quanto este. Confundem amizade com utilidade, confundem amor com necessidade, confundem dedicação com intenção ... resta-me sentir compaixão por todos os que conseguiram servir-se da minha maneira de ser, de estar e de sentir ... porque apesar da decepção e da desilusão de ter um dia acreditado na incondionalidade deles ... eu continuarei a encantar-me ... e elas e eles continuarão? Continuarão na hipocrisia de viver e sentir o que der jeito e não o que é importante ... boa sorte!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

2008

2008 ... É habitual fazer uma retrospectiva do que foi o ano que passou. Lembrar as coisas boas e pensar sobre as coisas más. As boas arrumo na gavetinha da memória para recordar sempre que precisar. Das más retiro o que aprendi com elas, guardo na gavetinha das lições e o resto deito fora ... lixo! Já lá vai ... passou! Novo Ano ... olhar em frente com vontade, energia e alegria. Os obstáculos esses, vão aparecer pela frente mas ... enfrentá-los-ei um de cada vez ... as alegrias assimilarei e retribuirei à vida com sorrisos. Sei que tenho o brilho nos olhos da expectativa ... do novo ... do desconhecido ... Sabe bem viver! A todos desejo o prazer de viver um 2008 com o brilho nos olhos!