segunda-feira, 30 de novembro de 2009

... não sei o que lhe chamar ...

Esta noite fui impedida de dormir e dei comigo a pensar em coisas em que normalmente no dia-a-dia não se pensa, simplesmente vive-se e num registo muitas vezes mecanizado. A principal razão pela qual não adormecia era o frio que sentia. Sentia um frio imenso que me fazia tremer o queixo. Tinha o pijama vestido e um casaco de fato de treino polar, umas meias, as minhas à pescador ... e mesmo encostada ao marido e esse dormia e quentinho ... teimava em permanecer acordada e gelada. Dou comigo a pensar nas centenas de pessoas desalojadas "sem-abrigo" que estariam a suportar corajosamente o frio. Eu estava deitada na minha cama, atolada no edredon e não conseguia suportar o frio. Como é que aquelas pessoas heroicamente o suportavam? O álcool seguramente ajuda mas acabariam por arrefecer e regelar. Como conseguem? Senti-me tonta e deixei cair umas lágrimas. Levantei-me e fiz o exercício mental de me sentir quente. Voltei a deitar-me e tentei adormecer. Sentia menos frio. Não resultou. Já não sentia frio mas não conseguia adormecer. Voltei atrás no tempo ... revi-me a adormecer com o meu filho na cama. Apetecia-me ter ali o Guilherme. Enrolar-me nele e no seu cheiro e sentir-me coompleta e protegida. Perguntava-me se ele estaria a dormir? Se este não seria mais uma indicação das que tenho sobre as pessoas e o que sentem. Fiz reiki ... o Guilherme estaria seguramente a dormir, senti uma paz enorme e devo ter adormecido nessa segurança e nesse conforto. Acordei mais tarde com uma angustia e uma ansiedade inexplicável ... percebi imediatamente os sintomas ... levantei-me e desloquei-me à cozinha ... procurei desesperadamente pelas "pastilhas" da ansiedade ... quando me dei conta desse gesto desatei a chorar como se fosse uma criança ... percebi que o meu corpo e a minha mente acusam a minha insatisfação, a minha angustia ... a minha desilusão. Voltei a reviver o processo do passado ... e a tomar consciência de que voltarei a reviver tudo novamente.

domingo, 27 de setembro de 2009

Uma vez ... só!

Pergunto-me se tenho de perder tempo e escrever um "manual de entendimento" para saberem como interagir comigo. Repetem-se as situações e nesta altura já perdi claramente a paciência ... apetece-me pedir tempo, espaço para descansar. Já não tenho cabeça fria e sinto-me o tal do vulcão em ponto de ebulição a uma velocidade tremenda, sem saber como travar ... a explosão que quero evitar. As rupturas que isso traz, a paz que vai quebrar, os conflitos que vou travar. Chega. Não me atrofiem. Não me pressionem, não contem comigo para reviver mágoas, desilusões ... não contem comigo para rever o mesmo filme sem conta. Uma vez chega-me.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Cagalhão!

A minha amiga Cristina ontem pediu-me que registásse no blog também e em especial emoções e momentos bons. Nós sabemos que na vida temos momentos e emoções doces e outras amargas. Apercebi-me depois que ela teria alguma razão, tenho tendência a depositar aqui a raiva, a revolta e as lágrimas e em expressar menos os sorrisos e os pulos de alegria. Farei aqui hoje e agora um registo feliz. A cristina é uma amiga "too special", daquelas que não precisa de estar sempre, mas está ... um sms, um "olá minha ..." ou até mesmo "cagalhão, não dizes nada!" ... temos em comum o silêncio, alguns amigos, o whisky mas sobretudo a cumplicidade e o respeito. Conseguimos ouvir-nos, podemos não concordar mas manifestamo-lo logo e a sede de vida une-nos. Em pouco tempo, conseguimos partilhar dias de merda, dias de curte, dias de sol, dias de chuva, dias de neve ... muitas minis, uma sangria de loucos, muitas garrafas de vinho branco fresquinho ... jogamos ao tiro ao alvo com setas na maravilhosa e relaxante Palmela ... fugimos 3 dias para Amesterdão ... fomos engolidos pelas melgas de Cabanas de Tavira, trememos de frio na Serra e muito em breve partilharemos as àguas do Alqueva ... Ela acha-se pouco atrevida nestas aventuras mais radicais, eu acho que ela não tem noção da determinação dela e seguramente que a força interior dela a levaria a subir o Evereste ao pé coxinho. Não mudes nada ... olha tanto por ti quanto olhas pelos outros. Love you.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Consultas e Tratamentos de Reiki

Retomo a actividade que mais me completa. Estarei SEMPRE disponível para consultas e tratamentos de Reiki ... divulguem!!!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Eu quero!

Quem me leva a dançar? Tenho saudades de dançar até cair ... dançar de mim para mim ... de entrar no ritmo e absorver-me pela música ... espevitar o corpo e a alma ... beber uns copos ... gritar ... abanar ... ... explodir de liberdade ... esquecer de mim e de outros e dançar ... só dançar ... quem ...

sábado, 15 de agosto de 2009

Sinto-me o monstro do filme.

Apetece-me escrever até porque não consigo falar e também não consigo dormir, falta-me o sono, o coração está acelerado de tanta emoção e lá fora oiço qualquer coisa como Quim Barreiros que o vento trás de longe ... algures numa festa de Agosto. Apetece-me escrever porque sei que me acalma e me ajuda a rever momentos, situações e emoções. Não sei se hoje conseguirei escrever organizadamente e sequencialmente. Sinto-me um fervilhar de emoções, qualquer coisa entre raiva, tristeza e revolta. Não sei bem se escreverei de acordo com o que mais sinto mas apetece-me escrever sobre o que me invade o coração e a alma. O meu filho foi 15 dias de férias com o pai e isso deixa-me tranquila porque eles adoram-se e precisam-se e eu fui passar o dia a Sesimbra com o meu marido a convite da minha mãe e irmão que alugaram uma casa da minha tia. O dia foi engraçado, não fosse o costume acontecer. É impossível o convívio saudável com a minha mãe sem acusações do passado ou cobranças de parte a parte. É o meu maior post-it e até hoje o de estimação. De hoje em diante, este post-it estará arrumado ... não na gaveta mas no lixo. Não volto a perder tempo de mim e a verter uma única lágrima por causa deste assunto. No caminho de regresso no carro, que foi em silêncio, dou por mim a tomar a decisão definitiva de me afastar. Já não me sentia amada em proporções iguais e por isso podem confundir "defesa pelo lado do pai em detrimento do lado da mãe" mas é uma questão de causa-efeito, tal como o meu irmão sente, que deve dar de acordo com o que recebe. Por isso sinto maior ligação ao meu pai, que não se inibe de me dizer que me ama e quanto sou importante para ele, o quão orgulhoso é de mim. Se estou doente, ele liga sempre. Sempre. Se preciso, ele está. Não sinto o mesmo em relação à minha mãe. Sinto que tenho menos importância e por isso não correspondo. Melhor, deixei de corresponder porque depositava emoções, sentimentos e nada recebia em troca. Apenas acusações e críticas. Ao contrário do que pensam, não defendo o meu pai. Sou e fui a primeira a acusar, a criticar e a apelar à sensatez. Nunca deixei de lhe dizer fosse o que fosse que pensasse e que o pudesse magoar porque ele nunca se inibiu de me magoar ou à minha mãe e ao meu irmão. Mas porque me sinto mais próxima e isso tem a ver com as emoções não significa que o defendo ou que estou do lado dele. Quem me conhece bem saberá que nunca deixaria de apontar o dedo e tentar mudar fosse o que fosse que entendesse como errado. Da minha mãe separam-me as emoções que do lado dela não transmite. Toda a minha vida senti que mais importante que eu seria o meu pai e depois do divórcio deles, o meu irmão. Hoje sei que é assim, passam-se dias que não se preocupa em saber de mim ou do meu filho. Se o filho está bem então supostamente tudo o resto estará. Eu não era assim. Sinto-me a mudar. Apetece-me hoje despedir-me, despedir-me de todos os que me magoam, de todos os que não me correspondem. Se pudesse fugia. Tal como a maior das covardes, fugia para não sentir. Hoje o que mais me doeu foi perceber que o meu irmão sente que me dá o suficiente. Que um olá quando lhe telefono é suficiente ou eventualmente um pedido para ir buscar o sobrinho quando me sinto "encurralada" no trabalho. Falo de emoções. Falo de um "olá, estás boa? como estás? tenho saudades tuas! És importante para mim!" ... sei lá, qualquer gesto que me fizesse sentir que valeu e vale a pena dizer que o amo e que daria a vida por ele. Bolas, que dor! Depois a frustração, a frustração de não conseguir que eles entendam que eu simplesmente não sou assim distante, ou melhor, não quereria ser assim distante e fria. Assumir que me identifico mais com este ou aquela pode não ser um crime pois não tenho que me identificar com as mesmas pessoas que eles. Posso gostar de outros membros da família sem os etiquetar, gostar por gostar, respeitar decisões porque sim ... não julgar porque não sou nem mais nem menos ... sou gente e erro. Depois o desencanto porque o amor com quem partilhamos a cama, a mesa, a casa ... decide que está calor só e unicamente para ele. Quantas vezes cheguei colada ao banco do carro para o ir buscar? Muitas! Quantas vezes equacionei a hipótese dele regressar de transportes estando eu em casa de férias e de carro? Nunca! Quantas vezes chegou ele a casa tardiamente depois de um dia exigente de trabalho e não tivesse qualquer mimo, o jantar adiantado por exemplo? Nunca! A cama por fazer? Nunca! Eu sei ... é a minha condição de mulher que me obriga a tudo isso sem esperar que o homem compreenda e não julgue que a partilha das tarefas está só ao nível de colocar a roupa na máquina para lavar, estender e colocar no monte para passar ... sinto-me novamente a tudo eu para todos ... não me agrada e hoje apetece-me mesmo a despedida ... sinto-me muito mais que isso, que empregada, desprezada e esquecida. Apetece-me que alguém olhe por mim ... não peço que olhem para mim mas que olhem por mim. A vida não é fácil mas não tenho que permitir que a dificultem mais ainda. Não me apetece. Já vivi os desequilibrios que tinha para viver. Não me apetece que as limitações dos outros me sufoquem. Não quero. Quero fugir .... eu só quero fugir. Afinal, eu sou conflituosa. Larguem-me. Deixem-me. Desapareçam da minha vida. Vivam lá desacansados com o vosso egoismo, com os vosso ultra, alter, e supra-egos. Xô!!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Ok eu sei ... disto só mesmo na América!

Estes dias tenho assistido a um canal "E News" que me tem feito sorrir para o LCD, que me tem feito sonhar e até transportado para lá. Dei por mim a pensar que afinal e, contra tudo o que sempre disse, tenho uma costela ou duas de "americanice". Aquelas festas em Las Vegas onde se respira liberdade, alegria, despreocupação e mesmo irracionalidade têm tudo a ver comigo. Entre dançar, sorrir, comer, beber e outras coisas mais sem tanto interesse, numa festa é possível fazer-se sky diving indoor, e pode-se fazê-lo adequadamente vestida ou completamente despida ... uma alegria. Dei por mim a pensar que seria muito melhor experimentar este salto, que é de baixo para cima, do que o outro, do avião para o vazio. E seguro. Depois dos saltos vão banhar-se numa piscina numa penthouse de luxo, mas nada de misturas, só gajinhas numa piscina, claro que já não é só água como muito álcool, muita gargalhada, muita loucura ... mas que raio ... e porque não? Uma vez só na vida! Quanto custa um bilhete de avião para Las Vegas? Pronto, agora é que choquei o meu mundo. Choquei mas não as abalei muito porque as pessoas que me conhecem sabem que a vida para mim tem um gosto especial, tem o gosto do dia a dia, o gosto da intensidade, dos sorrisos mas em especial da liberdade ... se choquei perdoem-me as pessoas que nunca pensaram em divertir-se sem medo. Perdoem-me as que especialmente se divertem a comentar a vida dos outros e perdem tempo de vida com condicionalidades. Não sou nada nem ninguém para julgar seja quem for ... mas sintam-se à vontade para me julgar. Eu gosto de mim. Aliás, eu gosto muito ... tanto de mim ... PONTO!

sábado, 4 de julho de 2009

Incondicionalidade ... caminhos!

Que dia tão rico em intensidade e incondicionalidade. Há muito que não me sentia tão leve, tão bem ... Agora, no final do dia, sinto necessidade de escrever sobre um fervilhar de emoções que partilhei ao longo do dia com duas amigas. Sinto que o dia de hoje foi o primeiro do resto das suas vidas. Nunca mais serão as mesmas. Nunca mais se sentirão sós e frágeis.
Foi sereno perceber a intensidade e a consciência da espiritualidade de uma delas que ... creio apenas ter hoje confirmado o seu caminho. Quanto à outra, senti pela primeira vez que, de hoje em diante, a incondicionalidade e a partilha que lhe tenho será recíproca (como sempre foi) mas seguramente ao mesmo nível.
O Reiki mudou a minha forma de estar, de ver, de ouvir, de sentir e em especial de ... respirar a vida. Sei hoje que elas sentirão o mesmo e terei como e com quem partilhar esta incondicionalidade, este amor sem troca. É uma doce forma de estar. É um sentir com ternura. É amar sem condições. Ajudar porque sim. Ajudar porque isso faz-me feliz. Comungar a sensação do toque, da capacidade extraordinária e transcendental que as nossas mãos têm e podem mudar.
Sinto-me feliz porque agora ... o meu caminho segue ... mas sigo mais preenchida porque abri mais duas portas que levarão por sua vez a outros caminhos capazes de abrir outras portas ... e a sensação de abrir portas e caminhar com a energia e a luz que nos caracteriza é indescritível. Sente-se!
Mumy ... acredito que sabe a importância que tem. Sinto-me profundamente agradecida e privilegiada por tê-la conhecido. Por fazer parte da minha vida, do meu ser. Esta aprendizagem é a mais enriquecedora ... que privilégio por tanto o que já sinto e sei que é tão pouco. Obrigada por me dar a certeza de que estou preparada para o 3.º Nível, que esta é minha vida e que explorar isso até chegar ao Healing deve ser mais do que um desejo e uma vontade.
À M. e à S. bem-vindas a este mundo especial. Ao mundo da doçura, da ternura, do amor, da incondicionalidade, da partilha. Ei-vos no mundo das emoções e sensações.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Mimos.

Nem sempre temos o que precisamos e nem sempre precisamos o que recebemos. O ideal seria sentir falta e pedir ... pedir um mimo, um abraço, um beijo, um olhar, um sorriso ... Uns dias acordamos com vontade de pedir e outros com vontade de esperar que alguém adivinhe o que precisamos, o que esperamos. Há dias em que pedimos o que precisamos e não recebemos em proporção e desiludimo-nos. Desiludimo-nos porque primeiro tivemos de pedir e depois porque não correspondeu ao que esperávamos e precisávamos. E o que fazemos quando isso acontece? Continuamos à espera? Procuramos? Continuamos a pedir? As emoções não se pedem, procuram-se sentir. Eu preciso delas. Preciso de sentir. Preciso de emoções e sensações. Preciso e peço para as sentir. Umas vezes vem a desilusão, outras uma agradável sensação e surpresa. A desilusão gere-se com o esquecimento mas a sensação agradável de uma surpresa gere-se com expectativa. Com a emoção de desejar prolongar essa sensação. De perpetuar esse conforto. Como sabe bem um abraço! Como sabe bem uma palavra, um sorriso ...

terça-feira, 23 de junho de 2009

Hoje apetece-me falar de ... caldeirada.

Ah pois ... Caldeirada ... mistela de peixes refugados em camadas alternadas com batatinha, tomates, cebolas e pimentos ... Há quem goste das postas do peixe inteiras e há quem goste delas mais desfeitinhas ... há quem diga que a caldeirada tem segredos e há quem diga que não tem segredo nenhum ... juntam-se os ingredientes e pronto ... deixar refugar e ... eu cá gosto de caldeirada com postas de peixe inteiras ... saborosa ... com muito molho e pão com codea grossa para molhar ... gosto de acompanhar a caldeirada com vinho branco mas muito muito fresco ... companhia de rir e de comer e beber ... quem está está e quem não está ... temos pena! ... Detesto caldeiradas indigestas que levam um ano para digerir ... ou se come porque sabe bem e porque se deseja e em especial pela companhia ou não se come ou não se pede companhia. Eu gosto de caldeirada com a batatinha, o tomate, a cebola, o pimento, o peixe, o vinho branco mas e sobretudo com a companhia que desejo ... detesto caldeirada com mais qualquer coisinha. Quando se come caldeirada com mais qualquer coisinha leva-se uma eternidade a digerir, tal como a última que comi ... agora já me sinto preparada para saborear uma nova caldeirada ... com tudo a que tenho direito ... incluindo a companhia. A qualquer coisinha a mais ... não vai fazer parte do petisco ... só assim é que a caldeirada sabe bem !!!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Seguir caminho ...

Há dois dias explodi de alegria ao ver a palavra "colocada" em frente ao meu nome ... corri a dar a notícia à Rosa que minutos antes me dizia que não entendia a minha ansiedade por ter a certeza de que conseguiria entrar na Universidade. Ao passar a notícia percebi que, eu era de todos, a menos convicta dessa possibilidade. Esta etapa já está ... logo depois da 1.ª comunhão do meu filho, este era um objectivo 2009. Estes dois já estão. Esperam-me agora 3 anos intensos de responsabilidade, novos objectivos e dedicação. Sei que conseguirei. Sem a menor dúvida. Tentarei não me perder neste caminho e não deixar de ter a preocupação de que a minha prioridade continua a ser o meu filho. Pensei que viveria esta notícia com histeria e prolongada efusividade mas não ... foi momentânea e muito curta. Rapidamente dei-me conta de estar serena e aliviada. Pronta para arregassar as mangas ...

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Uma agradável surpresa.

Hoje fui finalmente beber café, um café há dias e dias adiado, com uma amiga recente. Conversas soltas e desabafos laborais aqui e ali uniram-nos em muito mais do que maldicências esporádicas sobre chefes e trabalho. Descobrimos que partilhamos mágoas, frustrações e dor. Mas não só. No decorrer das pequenas conversas e nas conversas fugidias encontrámos vontades, gostos e vivências comuns. Sinto-me feliz por poder partilhar inteligência, cultura e objectivos de uma forma saudável. Sem hipocrisia, sem obrigações, sem cobranças. A força é comum e o mais importante é o sorriso no rosto dos nossos filhos. É a luta obstinada de perpetuar esse sorriso nos rostos deles. A nossa curiosidade também caminha lado a lado, abre as mesmas portas e procura o que deseja saber. Tem sido engraçada esta descoberta ... conseguimos divertimo-nos entre a seriedade e as tontices da vida.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Só dobrar meias!

Depois de 4 dias hibernada nos livros e apontamentos de história, estou de regresso à minha condição de mãe e mulher.
Nunca me passou pela cabeça sentir-me bem, muito zen com o simples acto de dobrar meias ... finalmente uma actividade sem obrigatoriedade de decorar uma data ou enquadrar a situação ou acontecimento no espaço e no tempo ...
Saudades de dobrar meias!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Só me apetece é ... dizer asneiras ...

Ele há dias assim e hoje foi assim.
Uma vontade inexplicável e quase incontrolável de mandar todos para ...
Dou-me muito mal com a hipocrisia.
Balanço sempre entre a dúvida de que a pessoa é muito pobre de espírito ou muito esperta.
Finjo que não percebo que tenta fazer-me de tótó e depois ... cagalhão ... viro costas e fico f ...já nada nem ninguém consegue dizer-me seja o que for que esteja mesmo a ouvir.
Feitiozinho ... Dassse!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Vagueamos entre a preguiça e o egoísmo.

Dia 1 de Maio, dia do trabalhador. Dia da liberdade de expressão e manifestação de vontades, desejos e insatisfações daqueles que todos os dias se levantam do conforto da cama para trabalhar. Há os que têm emprego e não têm trabalho, há os que têm trabalho e desejam um emprego, há os que têm um emprego e não sabem trabalhar, há os que sabem e gostam de trabalhar e têm trabalho e há os que não têm trabalho e procuram um emprego, há os que se cansaram de trabalhar e preferiam um emprego. Há os que não trabalham e não procuram nem trabalho nem emprego. Há os que têm trabalho e lutam pelo seu emprego... A crise instalou-se. As pessoas conformam-se, os industriais preferem não pensar em medidas e salvarem o que é deles, reflexo de um espirito pobre e egoísta. Saudoso Conde de Ericeira, que há cerca de 400 anos colando-se ao impulsionador da revolução francesa, impôs medidas para recuperação da crise económica e social de então. Estabeleceu privilégios às fábricas portuguesas, contratou estrangeiros mas conhecedores de novas técnicas de produção, aplicou as leis pragmáticas que proibiam o uso de produtos de luxo estrangeiros, entre outras medidas ... nós continuamos a comprar o leite espanhol porque é mais barato, as bananas do equador porque são as que se vêem no mercado ... férias lá fora, quando dispomos de um litoral privilegiado ... um falso turismo. Portugal não é só Açores, Madeira e Algarve! Falta-nos a coragem de antigamente ... falta-nos a bravura do tempo das descobertas ... falta-nos inteligência para abordar as dificuldades ... falta-nos a vontade para combater o conformismo ... Pergunto-me porque há tantos papéis nas montras, supermercados e hipermercados a solicitar colaboradores e não existem candidatos aos lugares. A crise está na mentalidade e no carácter. Há fundo de desemprego, certo? Há subsídios ... há gente que não sabe o que é fazer-se uma triagem, há gente que não sabe governar. Há os preguiçosos que não querem trabalhar, há os que têm trabalho como eu, e que de barriga cheia apenas manifestam pensamentos, e há os egoístas, gestores, políticos e gente que recebe um vencimento de 80 mil euros mensais e dormir de consciência tranquila ... A minha posição é trivial. Lamento! Combate-se a preguiça mental e física com disciplina. Aos patrões que despedem para resguardar o que lhes resta ... valentes em cobardia! Aos que não querem trabalhar ... um destes! Aos que querem e não conseguem ... insistam! Aos que podem fazer a diferença ... puxem pela cabeça! Arregassem as mangas e motivem as pessoas. É preciso incutir uma cultura de esforço e de objectivos. Não facilitem a ociosidade com subsídios. Arranjem trabalho aos que procuram trabalho e aos que procuram emprego.... aos senhores dos extravagantes vencimentos ... bom senso, bolas!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Hora da caipirinha ...

O melhor de hoje ! (O formador) - "Acabo aqui por hoje a minha apresentação, dúvidas? Não? Fantástico ... consegui então não perturbar todos os que dormiam ... de qualquer forma dúvidas sobre segurança electrónica só daqui a 8 dias porque vou hoje de férias" (Todos em coro) - "Nenhumas ... boas férias!" Cá fora ... "Hora da caipirinha!!!" Uau ... como apetecia ... mesmo com o vento a bater nas fuças ... e no limiar de uma chuva que se adivinhava chegar ... "Bora!"

domingo, 26 de abril de 2009

Post-it's na vida ...

Esta semana foi intensa, quer fisicamente quer emocionalmente.
Já explico: Num segundo casamento, (depois de um divórcio e por todas as fases que isso implica)... ao repetirmos experiências (as más!) do passado creio que accionamos um botão algures no cérebro que dispara imediatamente e faz desencadear um processo de auto-defesa ... não é um escudo porque entretanto já fomos atingidos mas, um mecanismo de defesa que, no meu caso e estrategicamente, me faz atacar instantâneamente.
Após o divórcio foi imperativo ressuscitar, reencontrar-me, gostar de mim, rever prioridades, objectivos, gostos ... coisas simples como voltar a ouvir música de que gosto.
Passei por uma instrospecção.
Percebi a existência de inúmeros post-it's (aqueles papelinhos amarelos que colamos no monitor do PC ou no frigo com pendentes por resolver ou para recordar). Dei-me ao trabalho de escrever cada um deles ... marido! Resolvido! ... pai, mãe, irmão, trabalho ... curso ...
Com enorme dificuldade, lágrimas e um sofrimento de alma decidi que o primeiro post-it a arrancar seria o marido. Ou ex-marido. E foi! ... evidente que precisei de compensar a falta, a ressaca que foi arrancar o 1.º post-it ... depois de um período de disparates e experiências diferentes, que me sugavam todas as energias ... fui presenteada com o reiki.
A absorção da filosofia foi instantânea ... estava desesperada por qualquer sentimento incondicional que preenchesse parte de mim ... fui transformando-me interiormente ... olhava o espelho e apreciava as mudanças... começava a gostar de mim, sentia-me segura e confiante. Tinha desejos e objectivos ... fui resolvendo os post-it's ... alguns.
Uns mantenho ... de estimação. E ultimamente tenho até colado novos ... aprendi que não se consegue viver sem eles ... quando se ama incondicionalmente é inevitável coleccionar-se post-it's porque nunca se recebe na mesma intensidade e somos todos diferentes.
Ando há alguns anos a explorar o meu lado espiritual de forma a vencer o meu lado titânico ... o das memórias que não apagam o sofrimento e as mágoas e me fazem accionar botões automaticamente ... o da raiva ou o da vigança. Aprendi a viver com os post-it's mas não consigo aprender a não reagir a palavras e atitudes que me reabrem feridas.
Esta semana fui ferida ... durante o ataque bloqueei e deixei-me derrotar. Fiquei ferida ... não sei se conseguirei voltar a este campo de batalha com a mesma coragem ... creio que nem um render de armas do adversário ou uma bandeira branca fará diferença.
Sinto-me sugada.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Ninguém é de ninguém!

Conta-me histórias

A que eu gostaria de voltar

Tenho saudades de momentos

Que nunca mais vou encontrar

A vida talvez sejam só 3 dias

Eu quero andar sempre devagar

Até a ti chegar

Ninguém é de ninguém

Mesmo quando se ama alguém

Ninguém é de ninguém

Quando a vida nos contém

Ninguém é de ninguém

Quando dorme a meu lado

Ninguém é de ninguém

Quando fico acordado

vendo-te dormir

Um raio de sol através de um vidro

Faz-me por vezes hesitar

Na vontade de estar contigo

Pelo dia paira no ar.

Paira no ar

Ninguém é de ninguém

Mesmo quando se ama alguém

Ninguém é de ninguém

Quando a vida nos contém

Ninguém é de ninguém

Quando dorme a meu lado

Ninguém é de ninguém

Quando fico acordado vendo-te dormir

"João Pedro Pais"
Quando existem condicionalismos no amor é porque o amor confunde-se com egoísmo ... ou se ama incondicionalmente sem sentido de posse, de propriedade, de egocêntrismo ou ... perde-se tempo ... hoje sinto que perco ... tempo! Quero respirar!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

"Antes as mulheres" ... MEC

"Antes as mulheres - 08.03.2009
Só quando os homens chegam a uma certa idade é que podem dizer com certeza que as mulheres são melhores do que eles em tudo - mesmo na bola, a carregar pianos, a lutar com jacarés ou nas outras coisas em que ganhávamos quando éramos mais novos e brutos e fortes. Quando se é adolescente, desconfia-se que elas são melhores. Nos vintes, fica-se com a certeza. Nos trintas, aprende-se a disfarçar. Nos quarentas, ganha-se juízo e desiste-se. Nos cinquentas, começa-se a dar graças a Deus que seja assim. Os homens que discordam são os que não foram capazes de aprender com as mulheres (por exemplo, a serem homenzinhos), por medo ou vaidade ou estupidez. Geralmente as três coisas. Desde pequenino, habituei-me que havia sempre pelo menos uma mulher melhor do que eu. Começou logo com a minha linda e maravilhosa mãe, cuja superioridade - que condescendia, por amor, em esconder de vez em quando - tem vindo a revelar-se cada vez mais. As mulheres são melhores e estão fartas de sabê-lo. Mas, como os gatos, sabem que ganham em esconder a superioridade. Os desgraçados dos cães, tal como os homens, são tão inseguros e sedentos de aprovação que se deixam treinar. Resultado: fartam-se de trabalhar e de fazer figuras tristes, nas casas e nas caças e nos circos. Os gatos, sendo muito mais inteligentes, acrobatas e jeitosos, sabem muito bem que o exibicionismo vão leva à escravatura vil. Isto não é conversa de engate. É até um tira-tesões. Mas é a verdade. E é bonita. M.Esteves Cardoso"
Amigo MEC,
Permita-me a minha opinião sobre este seu pensamento, decerto fruto de muitas cabeçadas e consequente aprendizagem ...
Concordo com a descrição do precurso do ponto de vista do homem sobre a mulher conforme os anos vão passando ... verdade que a condição de ser mulher é especial. Verdade que somos mais e melhores e que só e apenas a nossa condição - a de ser mulher nos permite alcançar tudo, absolutamente tudo. Na bola já existem mulheres, jogadoras fabulosas ao nível de alguns Cristianos Ronaldo, pelo menos na humildade do discurso e na ausência de presunção. Mulheres a carregar pianos ... sim porque não? Uma, duas ou três ... as que fossem necessárias e cuja força conjunta conseguissem fazê-lo ... lutar com jacarés ... Amigo, lutar com um jacaré não deve ser nada em comparação com a gestão diária de uma casa de família, com filhos em conciliação com um emprego exigente ... além disso ... a mulher consegue sempre convencer um homem, quer com o seu olhar maroto, quer com a sua linguagem corporal sensual (e isto requer a inteligência que falta a alguns homens na tal conversa do engate) ... convencer qualquer homem a lutar com um jacaré, a carregar dez pianos ou mesmo a deixá-la avançar em direcção à sua baliza e marcar golo sem que ele consiga ter tempo para pensar se ... vantagens que só a mulher pela sua condição consegue ... e a isso não se chama vazio, persuação, oferecimento ... chama-se inteligência ...
Usar de forma inteligente a sua condição.
O assumir que a mulher consegue ser melhor não é um tira-tesões ... é um desafio ... um homem que pensa, um homem com sensibilidade para atingir e assumir publicamente que a mulher pode e pode tudo... é um desafio ... o de descobrir se isto foi uma forma subtil de abordagem às mulheres ou um surto de inteligência assumida.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Procura-se namorado para mãe e namorada para pai ... Urgente!

Ambos têm 57 anos. Divorciados. Um do outro ... Ela: morena, de quando em vez, o cabelo curto muda de cor e torna-se uma mistura de cajus com ruivos ... olhos castanhos de expressão muito sincera ...gira! Magra! Metro e 50 e poucos centimetros ... os óculos em massa com argumentos vermelhos dão-lhe um ar intelectual ... honesta, trabalhadora ... mãe e avó. Ar de durona, continua zangada com "ele" ao fim de tantos anos ainda ... tantos que já não me lembro. Gosta de laréu. Fã do Tony Carreira e adepta do Benfica. Adora dançar. Papa tudo o que são canais televisivos espanhois, italianos ou brasileiros. Na dúvida da pré-reforma ou na insistência de uma situação laboral mal definida. Carente. Gosta de acampar, de sardinhar ... em Sesimbra. Gira! Já disse? Uns dias desligada, outros zangada, outros ... doce e companheira. Precisa de quem a desencaminhe ... de "cowboiadas", de viver e sentir a vida na sua totalidade, com todas as cores e cheiros que possa e consiga ver. Procura companheiro com capacidade eestrutura mental para este desafio. Não é fácil. É Caranguejo. Ele: moreno, o branco do cabelo completa o charme que o sorriso tem. Olhos expressivos castanhos desafiadores. Atrevido. Magro. Metro e qualquer coisa de subtileza, a tal onde o ditado "os homens não se medem aos palmos" se encaixa na perfeição. Adepto do Sporting. Uma vida de histórias por contar ... algumas de orgulho e herói, outras de verdadeira tontice e hoje até de arrependimento. Tantas experiências quantos erros cometidos. Coração grande de afectos e emoções vividas com dedicação... nem sempre aos que mereceram. Anos de aprendizagem. Mestre em aprender lições de vida. Ouvinte fabuloso e amigo irrepreensível. Pai e avô. Aventureiro. Simpático. Adora laréu! Música! Voa alto. Doce. Procura companheira com inteligência e jogo de cintura para o maior desafio ... a solidão que ele abomina e a vontade de mais e diferente. Viver em alegria. Com notas de música e cores. Sagitário e fogo! São os meus pais ... que amo de uma forma transcendental e dos quais me orgulho enormemente ... mas prefiro cada um deles ocupados.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Dia 1 de Abril ... mentira ou não?

Hoje, dia 1 de Abril - 12 horas: telefonema ... RH novamente ... "Elisabete, tem de alterar o mapa de férias deste ano, afinal só tem 30 dias de férias!" ... respondi: "Certo! Enviarei as alterações de imediato".
Tinha a certeza de que esta alteração teria de ser feita, verdade que também não acertei no número correcto, se bem que, continuo convicta dos 29 ... enviei de imediato acrescentando um dia a vermelho ao ficheiro que estava já corrigido e guardado (antecipei-me)... acredito que não fique por aqui ... virá o dia em que acertarão no número de dias correcto a que efectivamente tenho direito.
E uma reciclagem nesses conhecimentos amigos?! E pessoal competente com conhecimentos efectivos sobre código do trabalho, direitos dos trabalhadores, etc?
Podia ser mentira ou brincadeira por ser dia 1 de Abril ... mas não me pareceu. A colega que ligou falava com uma seriedade enorme, ao nível da insegurança e da incerteza do que me transmitia ... tal como diria o meu irmão ... "e agora? queres falar sobre isso?" ... "não, deixa estar ... aguarda novo telefonema em que terás de reduzir mais um dia" ...
Mas aviso! Fico-me pelos 29 dias, não reduzo mais nenhum dia e não me obriguem a pedir esclarecimentos à DGAEP ou a perder tempo em clarificar esta treta das férias com uma exposição ... já para não me repetir com a questão dos acertos dos subsídios. Cambada de tótós!
Tirarem-me dias de férias numa ilha deserta ... !? Atrevam-se! Tirem para o ano porque volto ...
e eu que só preciso de férias ... posso? posso?
O INA tem cursos porreiros. Inscrevam-se! Reciclem-se! ... Aprendam! Estúpidos!

quinta-feira, 26 de março de 2009

Um dia 8 ... no outro 80

Quando chegou o e-mail com o mapa de férias 2009 fiquei triste. 10 dias de férias em 2009. O que é isto? Pânico no ar ... voei até aos Recursos Humanos, questionei e consegui sair de lá muito mais baralhada. No dia seguinte, reli o contrato que assinei, pesquisei leis e artigos e sem me dar a grande trabalho (a colega e amiga Roxinha) teve a incumbência de voltar aos RH, teimou quanto aos direitos de férias e o resultado: 10 dias + 25 dias. Reacção a isto? Gargalhada! Não sei se pela dúvida do resultado, se pela ignorância do Departamento de Recursos Humanos ... depois sorri e consegui sentir alguma alegria embora ... sempre na dúvida. Depois ... a necessidade de marcar no mapa de férias os 35 dias. Olhava para o papel e só conseguia rir. Nunca tive direito a tantos dias de férias ... levei 2 horas para me decidir quando marcar dias de férias ... marquei por marcar. Continuo com dúvidas. De acordo com as minhas contas terei direito a 29 dias ... seguramente que voltarei com a informação correcta ... mais tarde. De acordo com a prática ... provavelmente depois de ter gozado as 35 e já ter entrado em défice ... assim como aconteceu com o subsídio de Natal. Bom ... Não interessa ... férias é optimo, a "merda" é nunca poder gozá-las aquando a família ... pois há monumentos que se apoderaram do mês de Agosto ... algo intocável na minha Direcção. Não fiquem com uma ideia errada ... a instituição onde trabalho tem outras coisas fantásticas: fecharam o único bar onde podíamos tomar o pequeno-almoço, almoçar ou simplesmente beber um café. Valeu-nos a simpatia do Senhor que o geria informar-nos que na próxima segunda feira teríamos de procurar alternativa ... ah! também não podemos usar e abusar de certos equipamentos pois corremos o risco de ultrapassar certos limites (coisas! sei lá)... Restam-nos as pessoas, algumas até agora que compensam o ridículo disto ... e que transformam os loucos dias de trabalho em momentos de diversão, outros em momentos de emoção ... é uma aventura a descoberta do melhor daquilo ... um dia apetece-me virar costas outros encarar de frente e ... haja Alegria!

domingo, 22 de março de 2009

Novo Ciclo ...

Novo Ciclo ... tão esperado. Atrasado ... A tomada de uma decisão é sempre difícil e complicada. Pergunta-se a opinião à família ... aos amigos ... aos do coração ... ... fazemos uma introspecção, dormimos sobre o assunto dias e dias e finalmente não nos resta mais tempo e a decisão é tomada e comunicada. Já está! Foi com alguns uns anos de atraso mas com muita ansiedade e talvez agora mais vontade ainda. Universidade! Escolhida a Universidade, escolhido o curso ... inscrição feita e entregue! Nervoso miudinho mas uma imensa alegria. Este dia foi dos mais divertidos ... corrida no Aeroporto ... para Casablanca ... adeus ao amigo de avental desconhecido ... dia de calor, véspera de primavera. Vontade de tudo! Às amigas que partilharam este dia comigo ... apenas e só um sorriso (aquele de cumplicidade) pelo requinte de traquinice que nos une e "um destes" a todos os outros que desejariam partilhar isso e não conseguem. Os últimos 6 meses foram dos mais intensos da minha vida, pelo enorme volume de trabalho, pelas extasiantes horas passadas no Instituto, pela alegria da partilha dos novos amigos, pela desilusão e saudades dos que já não fazem parte ... pela dificuldade de sobreviver sem a proximidade física dos melhores amigos do Laboratório e pela aventura de tantos e novos conhecimentos agradáveis, interessantes e viciantes sobre Aviação Civil. Não tem sido tudo bom mas o mau passa, raspa e foge ... não aturo. Não quero! As "coisinhas" prenderam-me o coração ... mas sabem que se tiver de partir ... partirei. Para o que for sei que conto que o maridão, o melhor dos filhos, o pai que me surpreendeu como nunca esperei, a mãe que com o passar dos anos se torna cada vez mais transcendente ... e o mano que tanto amo e desejaria mais perto ... orgulha-me o homem que se fez e respeito a sua forma de sentir mas desejaria mais dele para mim ... e a minha avó que me custa tanto não conseguir mais tempo de mim para ela ... Novo Ciclo ... mudanças inevitáveis ... preciso de todos quanto amo assim como cada um deles, aqueles que referi e dos que não referi mas sabem quem são, ter-me-ão incondicionalmente sempre .... Pai .. põe-te bom depressa! Preciso de todos bem!