sexta-feira, 1 de maio de 2009
Vagueamos entre a preguiça e o egoísmo.
Dia 1 de Maio, dia do trabalhador.
Dia da liberdade de expressão e manifestação de vontades, desejos e insatisfações daqueles que todos os dias se levantam do conforto da cama para trabalhar. Há os que têm emprego e não têm trabalho, há os que têm trabalho e desejam um emprego, há os que têm um emprego e não sabem trabalhar, há os que sabem e gostam de trabalhar e têm trabalho e há os que não têm trabalho e procuram um emprego, há os que se cansaram de trabalhar e preferiam um emprego. Há os que não trabalham e não procuram nem trabalho nem emprego. Há os que têm trabalho e lutam pelo seu emprego... A crise instalou-se. As pessoas conformam-se, os industriais preferem não pensar em medidas e salvarem o que é deles, reflexo de um espirito pobre e egoísta.
Saudoso Conde de Ericeira, que há cerca de 400 anos colando-se ao impulsionador da revolução francesa, impôs medidas para recuperação da crise económica e social de então. Estabeleceu privilégios às fábricas portuguesas, contratou estrangeiros mas conhecedores de novas técnicas de produção, aplicou as leis pragmáticas que proibiam o uso de produtos de luxo estrangeiros, entre outras medidas ... nós continuamos a comprar o leite espanhol porque é mais barato, as bananas do equador porque são as que se vêem no mercado ... férias lá fora, quando dispomos de um litoral privilegiado ... um falso turismo. Portugal não é só Açores, Madeira e Algarve!
Falta-nos a coragem de antigamente ... falta-nos a bravura do tempo das descobertas ... falta-nos inteligência para abordar as dificuldades ... falta-nos a vontade para combater o conformismo ...
Pergunto-me porque há tantos papéis nas montras, supermercados e hipermercados a solicitar colaboradores e não existem candidatos aos lugares. A crise está na mentalidade e no carácter.
Há fundo de desemprego, certo? Há subsídios ... há gente que não sabe o que é fazer-se uma triagem, há gente que não sabe governar. Há os preguiçosos que não querem trabalhar, há os que têm trabalho como eu, e que de barriga cheia apenas manifestam pensamentos, e há os egoístas, gestores, políticos e gente que recebe um vencimento de 80 mil euros mensais e dormir de consciência tranquila ...
A minha posição é trivial. Lamento! Combate-se a preguiça mental e física com disciplina. Aos patrões que despedem para resguardar o que lhes resta ... valentes em cobardia! Aos que não querem trabalhar ... um destes! Aos que querem e não conseguem ... insistam! Aos que podem fazer a diferença ... puxem pela cabeça! Arregassem as mangas e motivem as pessoas. É preciso incutir uma cultura de esforço e de objectivos. Não facilitem a ociosidade com subsídios. Arranjem trabalho aos que procuram trabalho e aos que procuram emprego.... aos senhores dos extravagantes vencimentos ... bom senso, bolas!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário