sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Resposta à sms que recebi hoje

Hoje recebi a seguinte sms:
'Olá bruno outra vez. Olha será que me podes dar o numero da tia Amélia? obrigado'

Olá ...
1.º não sou o bruno;
2.º outra vez não ... porque foi a 1.ª vez que recebi uma sms deste número;
3.º Só não dou o número da tia Amélia porque não o tenho. Sei que vive na Moita e mais nada.
4.º Também não sei se a tia Amélia é a mesma.
5.º Não agradeças porque nem pude ajudar :)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Tagged

... que em português quer dizer 'tags'.
E bem,
'tags' à caça,
'tags' á pesca,
'tags' a chantagear,
'tags' aqui 'tags' com o fígado desfeito ou ...
'tags' lá? daqui fala do 96 ... és de onde?
'tags' caladinho que é melhor, sim?

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

British Day

Tenho sono.
O dia hoje está tipicamente inglês.
Não é uma coisa nem outra.
Nem sol e nem chuva.
Até eu me sinto muito 'british' hoje.
Falta qualquer coisa.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Á merda sim?

Há momentos na vida em que apetece mandar tudo e todos à merda.
Hoje é um momento desses.
Aos que julgam conhecer-me puta que vos pariu, encontrem-se ... aprendam a viver com o que têm e não julguem os outros só porque têm uma vida pobre sem ponta por onde se lhe pegue. A vida não é a telenovela da TVI. As coisas acontecem mesmo e quando acontecem há que reagir e viver. Posso?
Aos que me conhecem pois aqui estarei, mas não estarei para todos, alguns conhecem-me tão bem que sabem que já não estarei mais.
Aos que ainda não me conhecem, evitem fazê-lo se forem casados. Se não forem não casem.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Queridos cócós ...

Fui ... este fim de semana fui ... e foi tão bom.
Há muito que não me sentia tão bem. Tão feliz.
Entre o rir, o sorrir, o chorar e o sentir ... discutiu-se hipocrisias e facilidades.
Mas numa caminhada qualquer encontra-se sempre de tudo ... num passeio encontra-se qualquer obstáculo, qualquer pedra ... qualquer muro ... este fim de semana driblámos uns quantos cócós ... nada de especial.
Sei que a felicidade não é um objectivo ... mas um caminho e com cócós ou não ... eu estou bem!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Vou gritar.

A banda dos bombeiros está a ensaiar há 3 horas, o alarme do carro do Pierre está a tocar há 3 horas e ele não está. Deixou o carro e bazou.
Eu bem sei que o reiki através da imposição das mãos ajuda ao bem-estar mas ainda não consigo estalar os dedos e fazer a banda dos bombeiros tocar uma música que seja que não fira a nossa sensibilidade auditiva e nem desligar alarmes de carros ...
Daxe ... liguem para a polícia!

sábado, 9 de outubro de 2010

Há 17 anos ... a minha avó Noémia

Um sábado, como hoje, ainda solteira a viver com os meus avós maternos.
A minha avó ainda no activo passava pelos piores momentos da vida dela, não recebia vencimento há quase 6 meses mas mesmo assim e como trabalhava num colégio, manteve-se fiel e leal aos miúdos. Se falhásse era a eles que sentia faltar. (A sensação hoje é que cresci com todos eles e eles comigo).
O meu avô, que vascilava entre o doce e o insensível, na fase em que ela mais precisava passeava-se pelo insensível e até mesmo o egoísta ... não é uma crítica, somos todos assim. Eu sou assim.
Eu namorava o pai do meu filho, geria a dificuldade do divórcio dos meus pais e ainda, como uma super-heroína qualquer, protegia o meu irmão, 11 anos mais novo, de tudo e todos.
Era um sábado como outro qualquer, e começavam todos pelo mercado norte, onde procurávamos, a minha avó e eu, o melhor peixe e o melhor pão. Depois, mercado sul, onde íamos à carne, aos legumes e aos ovos. Era assim. A menos que procurássemos um peixe qualquer diferente e corríamos os mercados do Chile e de Campo de Ourique também. De autocarro em autocarro. Chovesse ou não. Naquela manhã fazia sol.
Ao sábado era dia também de limpezas e partilhávamos isso as duas. Além de que cada uma lavava a sua roupa à mão, não toda mas alguma. E não que fosse obrigada mas porque adorava fazê-lo. Ainda hoje gosto.
Depois do almoço, o meu avô saiu com um amigo para a quinta deste em Azeitão. Eu esperava o meu namorado para irmos ao Lumiar passear e depois lanchar. A minha avó que estava na casa de banho a lavar alguma roupa saiu e veio à sala dizer-me isto: 'Já posso morrer à vontade, és uma mulher, sabes fazer tudo e o que não sabes a vida vai ensinar-te'. Ela andava deprimida e eu não dei muita atenção a isto. Lembro-me de me vir imediatamente ao pensamento as três coisas que a minha avó dizia que uma mulher deveria saber antes de casar - cuidar da casa, cuidar da roupa e saber matar uma galinha - na verdade esta última nunca aprendi, vi fazer e se for necessário sei que consigo mas nunca o fiz, nem com ela e nem por minha conta.
Eu saí com o meu namorado e quando me sentava no café para lanchar senti um aperto no peito ... pedi ao N. que me levásse a casa. Tinha lá um papel escrito num português perfeito (a minha avó aprendeu a escrever e a ler sózinha já depois de eu ser uma adolescente e orgulhava-me disso): 'Não preciso do teu dinheiro, faz dele o que quiseres agora'.
Voámos para o Campo Pequeno direitos ao Colégio. Tudo fechado. Senti que devia subir à janela e empurrar as portadas para dentro e fi-lo. Olhei para o chão e vi a minha avó deitada, quente ainda, meti-lhe os meus dedos pela boca, fiz pressão no peito e entretanto já o N. corria ao café para ligar ao 112.
Entrei em pânico, tremia tanto que não conseguia chorar, só gritar por ela e pedir-lhe que não me deixásse.
Deixou.
Não haviam telemóveis e enquanto o N esperava a ambulância eu corri a apanhar um taxi para me dirigir ao café do meu pai para lhe comunicar que a minha avó estava deitada no chão do Colégio e não sabia se estava morta. Começou a chover enquanto procurava um taxi e só no taxi desmanchei-me a chorar. Valeu-me a compreensão do taxista que me acompanhou depois ao meu pai e de volta ao Colégio.
Quando chegámos ao Colégio tive o maior choque da minha vida ... a minha avó estava a ser fechada num saco de plástico preto. Sentia-me perdida mais do que triste ou qualquer outra coisa, perdida e só.
Sentia que tinha perdido o meu colo e o meu anjo na terra.
Fui atrás da carrinha azul escura da polícia até á morgue e esperei á porta que me dissessem o que esperava ouvir: 'foi morte natural minha querida, se não fosse a tua avó teria a lingua roxa'. Fiquei-me mas não me convenci. Hoje ainda não me convenci.
Hoje sei que naquele dia perdi o conforto e o calor dos braços e dos mimos dela mas continuo a sentir o amor e o olhar protector. Sei que está comigo sempre.
Nunca tinha escrito sobre a morte da minha avó, partilhei muito poucas vezes este momento. Hoje ainda não consigo olhar a foto dela. Está guardada. Estão todas. Um dia conseguirei. Há 17 anos atrás perdi uma mãe, uma avó, uma amiga, um anjo. Saudades como daqui ao céu, Avó!

domingo, 3 de outubro de 2010

Domingo ... da família!

Foi bom ir às compras com a minha mãe, almoçámos no restaurante um ensopado de borrego fantástico. A conversa variou entre o meu pai, o meu irmão, o meu filho ... ao regressarmos a minha casa partilhámos desejos, opiniões, na verdade creio que as duas procurávamos o mesmo da outra. Um ok qualquer. Uma espécie de consentimento pelo que se espera de 'amanhã'. Foi bom trocar ideias sobre as medidas de austeridade, foi muito bom perceber a preocupação dela na implicação dessas medidas na minha vida. Foi tão bom sentir que a minha mãe está comigo e o meu pai embora pelo telefone, hoje, também está. Foi bom perceber que a minha avó está lúcida e embora me custe cada vez mais ir vê-la ... passo lá e alegra-me o humor, o afecto, a preocupação, as recordações ... Hoje enchi a blusa deles ... e adorei!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Em basco

'Kaixo' e 'agur'. Aprendi. Aliás do 'agur' até já sentia alguma ansiedade.