sábado, 20 de agosto de 2011

Eu que acredito ...

As alterações energéticas, hormonais e mesmo todas as outras já eram muitas. Os sinais eram demasiados.
A intuição dizia-me para procurar ajuda mas o medo da notícia permitia-me adiar a visita ao médico.
Fui. Não sei ainda se já fui tarde.
Fui. A suspeita está aí e só ela já me fez pensar e rever toda a minha vida para trás e especialmente esta que vivo agora e a que desejo ainda viver.
Da notícia tinha medo mas agora com a suspeita já só quero certezas. A certeza trará a força que preciso para pensar novamente em todos os dias depois do amanhã.
Só preciso de conseguir voltar a sonhar.
Tenho o melhor filho do mundo, que amo incondicionalmente, o mais sensível, o mais doce, o mais emotivo e inteligente. Falta-lhe só um bocadinho de audácia que, acredito, chegará na altura certa. Tenho ao meu lado o homem que sempre desejei, meigo, atento, doce, inteligente, presente e audaz. O homem que qualquer mulher deseja para pai de um filho seu. Não o escolhi. Apareceu e isso faz-me sorrir. Sinto que o mereço. Amo-lo com todas as minhas forças como nunca amei mais ninguém. A minha família está sempre e não preciso de mais. Saber que os amigos da alma e do coração estão lá e a torcer por mim.
Só preciso de conseguir sorrir todos os dias.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Uma estrelinha no céu!

A minha linda e querida avó morreu.
Sinto um vazio.
Mais um ramo da minha àrvore que caiu.
Sinto-me triste e cansada.
Preocupam-me a minha mãe e as minhas tias e o meu tio. Os meus primos. A relação, a união e a estabilidade desta parte da minha família. A minha avó era o ponto focal. A casa dela era o nó de união, onde nos reuníamos todos, antes ou depois de qualquer situação, boa ou má.
De tarde, encontrávamo-nos lá em casa, nem sempre os mesmos e nem sempre com os mesmos.
Isso era tão bom e deixa tanta saudade.
Vale o conforto de saber que a sua essência e sabedoria está em todos nós. Todos o sentimos.
Sentirei falta do cheiro da sua casa, do cheiro a alecrim queimado em dias de trovoada.
Do arroz de manteiga dela e da canja.
Fica a memória de tantas palavras, do orgulho pelo longo cabelo em trança apanhada, a sua contida vaidade em tempos com os brincos de ouro e pretos oferta longíqua do meu avô João, que não conheci. E do sorriso terno e do olhar meigo que transparecia o amor incondicional que sentia por cada um de nós.
O céu ganhou mais uma estrelinha. A mais brilhante de todas.