domingo, 24 de janeiro de 2010

Momentos e emoções

Custam! Custa sentir. Custa sentir e consentir. Custa consentir e calar. Custa calar e sorrir. Custa sorrir por sim sem sentir. Não sinto.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Disseram-me ... e eu acreditei.

Hoje escrevo porque preciso de expirar. Há dias, talvez há uns meses já ... que só inspiro, ando a conter o ar dentro de mim. Ou porque não tenho tempo de expirar ou porque receio incomodar se expirar. Escrevo porque preciso. Há dias, assim que começou o ano, a mãe de um amigo partiu. No dia seguinte, o Zé, o nosso Zé, num ai, desaparece do nosso mundo e deixa-nos entregues à dor, à incorformidade e à saudade. É injusto. Sinto revolta. No dia em que deixamos o Zé lá ... para sempre, fico a saber que o meu pai sofreu um acidente por irresponsabilidade, porque arrisca e não valoriza cada momento que pode sorrir. Porque não pensa. Desilusão à mistura com alívio porque apenas destruiu o carro e um postes da via pública. O meu pixotinhas adoentado e sem o meu apoio. Porque não consigo. Não chego a ele. Em casa ... sinto ruir a minha fortaleza. O meu castelo está a ser invadido por insegurança. Agora e por isto também me sinto injustiçada. Apetece-me viver cada crítica injusta. Apetece-me, porque me sinto revoltada, saber ao que sabe, sentir porque sim. Ou vivo na linha do 112 porque os meus dias e os meus momentos de trabalho são em emergência permanente ou desiludida e desapontada porque não me consigo exceder. Porque no desespero apetece-me fugir e desistir. Disseram-me que este ano seria o meu ano, um novo ciclo. Disseram e eu acreditei. Acredito. Consola-me saber que depois do frio vem a praia ... e quero tanto a praia, a água, o sol e o horizonte.