terça-feira, 29 de abril de 2008

Eu quero...

É pedir muito ser o centro do mundo de alguém uma vez na vida? Uma única vez ... é pedir muito?

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Fuga ou férias

Não estou ... Não estou física e racionalmente em lado nenhum... o dia 25 de Abril que historicamente conhecido como o dia da revolução foi para mim este ano de 2008, o dia do esgotamento. Entre idas completamente só ao hospital e "correr" entre duas festas - o aniversário das filhas de duas amigas - foi o meu fim ... foi o chegar ao limiar das minhas capacidades. As duas têm uma importância tamanha na minha vida que deixar de participar de alguma forma e por breves instantes nas suas festas deixar-me-ía com remorsos ... mas o dividir-me entre hospitais, preocupações, cansaço físico e psicológico e o esforço mental para atingir um estado de espírito mínimo para festas foi absolutamente arrasador. Confesso que pela primeira vez na minha vida me senti esgotada, prestes a rebentar psicologicamente. Findo o dia não conseguia ouvir ninguém. Não conseguia suportar luzes e até a vida que tanto prezo e amo deixou de ter sentido ... apetecia-me hibernar. Não dormi ... o cérebro não tranquilizava. O dia seguinte foi o mais penoso ... novamente o esforço físico e mental de "passeios" ao hospital, catequese do filho, atenção solicitada e novamente o arrasar o limiar das minhas capacidades. Só apetecia chorar, fugir, hibernar ... passava-me pela cabeça a vontade secreta de um desligar de botão ... apetecia-me entrar num comboio e não parar ... o desespero foi tal que essa vontade era de fugir só sem filho, sem marido, só comigo! Não houve comprimidos que me fizessem dormir, também não tive tempo para dormir ... de noite o meu cérebro organiza o dia seguinte de forma a que consiga não faltar a ninguém ... mas sei ... eu sei que ando a faltar-me a mim ... eu sei! Um dia destes hiberno mesmo ... vou-me!

terça-feira, 22 de abril de 2008

...

Vazia, dormente, triste, expectante ... não sei bem como me sinto. Quero sentir e não consigo ... quero conseguir dizer estou assim ou assado e não consigo ... não sinto nada ou melhor ... ou sinto invadir-me uma tristeza intensa ou uma vontade quase incontrolável de fugir para longe, tão longe que consiga esquecer-me do que me aflige. É egoísmo pois é! É covardia .. talvez seja! Pois que seja! Assistir a agonia de alguém que se ama tanto é de uma dor e de uma angústia tão profunda que não se consegue quantificar ou qualificar. A impotência de não se poder fazer nada, o desespero de não saber o que se dizer, a incerteza do que se vai passar ... tudo isso leva a um estado de inércia e de apatia enorme. Eu sei, eu sei que a vida é um dia a seguir ao outro ... dizem-me para me agarrar à esperança, para rezar ... mas a minha relação com a religião nunca foi muito cordial. Quando não consigo compreender a irracionalidade de algumas questões apago-las de mim ... e há questões na religião que ultrapassam a sensatez e racionalidade e nisso ... santa paciência ... não permito que me passem um atestado de ignorância ou de estupidez. Não acredito no facilitismo. Eu acredito nas pessoas ... ainda acredito nas pessoas, acredito no universo e na energia dele ... acredito que cada um de nós tem qualquer coisa de especial ... acredito na dedicação, acredito no amor e na incondicionalidade das emoções. É isso que me dá esperança ... as emoções!

terça-feira, 15 de abril de 2008

Avô
Ao longo dos meus 35 anos manifestei ao mundo e a ti inúmeras vezes a importância que tens na minha vida e que tiveste na minha formação e educação enquanto ser humano, mas quero e preciso que fique registado o quanto te amo. Põe-te bom depressa!