segunda-feira, 28 de abril de 2008

Fuga ou férias

Não estou ... Não estou física e racionalmente em lado nenhum... o dia 25 de Abril que historicamente conhecido como o dia da revolução foi para mim este ano de 2008, o dia do esgotamento. Entre idas completamente só ao hospital e "correr" entre duas festas - o aniversário das filhas de duas amigas - foi o meu fim ... foi o chegar ao limiar das minhas capacidades. As duas têm uma importância tamanha na minha vida que deixar de participar de alguma forma e por breves instantes nas suas festas deixar-me-ía com remorsos ... mas o dividir-me entre hospitais, preocupações, cansaço físico e psicológico e o esforço mental para atingir um estado de espírito mínimo para festas foi absolutamente arrasador. Confesso que pela primeira vez na minha vida me senti esgotada, prestes a rebentar psicologicamente. Findo o dia não conseguia ouvir ninguém. Não conseguia suportar luzes e até a vida que tanto prezo e amo deixou de ter sentido ... apetecia-me hibernar. Não dormi ... o cérebro não tranquilizava. O dia seguinte foi o mais penoso ... novamente o esforço físico e mental de "passeios" ao hospital, catequese do filho, atenção solicitada e novamente o arrasar o limiar das minhas capacidades. Só apetecia chorar, fugir, hibernar ... passava-me pela cabeça a vontade secreta de um desligar de botão ... apetecia-me entrar num comboio e não parar ... o desespero foi tal que essa vontade era de fugir só sem filho, sem marido, só comigo! Não houve comprimidos que me fizessem dormir, também não tive tempo para dormir ... de noite o meu cérebro organiza o dia seguinte de forma a que consiga não faltar a ninguém ... mas sei ... eu sei que ando a faltar-me a mim ... eu sei! Um dia destes hiberno mesmo ... vou-me!

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