quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Consultas e Tratamentos de Reiki

Retomo a actividade que mais me completa. Estarei SEMPRE disponível para consultas e tratamentos de Reiki ... divulguem!!!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Eu quero!

Quem me leva a dançar? Tenho saudades de dançar até cair ... dançar de mim para mim ... de entrar no ritmo e absorver-me pela música ... espevitar o corpo e a alma ... beber uns copos ... gritar ... abanar ... ... explodir de liberdade ... esquecer de mim e de outros e dançar ... só dançar ... quem ...

sábado, 15 de agosto de 2009

Sinto-me o monstro do filme.

Apetece-me escrever até porque não consigo falar e também não consigo dormir, falta-me o sono, o coração está acelerado de tanta emoção e lá fora oiço qualquer coisa como Quim Barreiros que o vento trás de longe ... algures numa festa de Agosto. Apetece-me escrever porque sei que me acalma e me ajuda a rever momentos, situações e emoções. Não sei se hoje conseguirei escrever organizadamente e sequencialmente. Sinto-me um fervilhar de emoções, qualquer coisa entre raiva, tristeza e revolta. Não sei bem se escreverei de acordo com o que mais sinto mas apetece-me escrever sobre o que me invade o coração e a alma. O meu filho foi 15 dias de férias com o pai e isso deixa-me tranquila porque eles adoram-se e precisam-se e eu fui passar o dia a Sesimbra com o meu marido a convite da minha mãe e irmão que alugaram uma casa da minha tia. O dia foi engraçado, não fosse o costume acontecer. É impossível o convívio saudável com a minha mãe sem acusações do passado ou cobranças de parte a parte. É o meu maior post-it e até hoje o de estimação. De hoje em diante, este post-it estará arrumado ... não na gaveta mas no lixo. Não volto a perder tempo de mim e a verter uma única lágrima por causa deste assunto. No caminho de regresso no carro, que foi em silêncio, dou por mim a tomar a decisão definitiva de me afastar. Já não me sentia amada em proporções iguais e por isso podem confundir "defesa pelo lado do pai em detrimento do lado da mãe" mas é uma questão de causa-efeito, tal como o meu irmão sente, que deve dar de acordo com o que recebe. Por isso sinto maior ligação ao meu pai, que não se inibe de me dizer que me ama e quanto sou importante para ele, o quão orgulhoso é de mim. Se estou doente, ele liga sempre. Sempre. Se preciso, ele está. Não sinto o mesmo em relação à minha mãe. Sinto que tenho menos importância e por isso não correspondo. Melhor, deixei de corresponder porque depositava emoções, sentimentos e nada recebia em troca. Apenas acusações e críticas. Ao contrário do que pensam, não defendo o meu pai. Sou e fui a primeira a acusar, a criticar e a apelar à sensatez. Nunca deixei de lhe dizer fosse o que fosse que pensasse e que o pudesse magoar porque ele nunca se inibiu de me magoar ou à minha mãe e ao meu irmão. Mas porque me sinto mais próxima e isso tem a ver com as emoções não significa que o defendo ou que estou do lado dele. Quem me conhece bem saberá que nunca deixaria de apontar o dedo e tentar mudar fosse o que fosse que entendesse como errado. Da minha mãe separam-me as emoções que do lado dela não transmite. Toda a minha vida senti que mais importante que eu seria o meu pai e depois do divórcio deles, o meu irmão. Hoje sei que é assim, passam-se dias que não se preocupa em saber de mim ou do meu filho. Se o filho está bem então supostamente tudo o resto estará. Eu não era assim. Sinto-me a mudar. Apetece-me hoje despedir-me, despedir-me de todos os que me magoam, de todos os que não me correspondem. Se pudesse fugia. Tal como a maior das covardes, fugia para não sentir. Hoje o que mais me doeu foi perceber que o meu irmão sente que me dá o suficiente. Que um olá quando lhe telefono é suficiente ou eventualmente um pedido para ir buscar o sobrinho quando me sinto "encurralada" no trabalho. Falo de emoções. Falo de um "olá, estás boa? como estás? tenho saudades tuas! És importante para mim!" ... sei lá, qualquer gesto que me fizesse sentir que valeu e vale a pena dizer que o amo e que daria a vida por ele. Bolas, que dor! Depois a frustração, a frustração de não conseguir que eles entendam que eu simplesmente não sou assim distante, ou melhor, não quereria ser assim distante e fria. Assumir que me identifico mais com este ou aquela pode não ser um crime pois não tenho que me identificar com as mesmas pessoas que eles. Posso gostar de outros membros da família sem os etiquetar, gostar por gostar, respeitar decisões porque sim ... não julgar porque não sou nem mais nem menos ... sou gente e erro. Depois o desencanto porque o amor com quem partilhamos a cama, a mesa, a casa ... decide que está calor só e unicamente para ele. Quantas vezes cheguei colada ao banco do carro para o ir buscar? Muitas! Quantas vezes equacionei a hipótese dele regressar de transportes estando eu em casa de férias e de carro? Nunca! Quantas vezes chegou ele a casa tardiamente depois de um dia exigente de trabalho e não tivesse qualquer mimo, o jantar adiantado por exemplo? Nunca! A cama por fazer? Nunca! Eu sei ... é a minha condição de mulher que me obriga a tudo isso sem esperar que o homem compreenda e não julgue que a partilha das tarefas está só ao nível de colocar a roupa na máquina para lavar, estender e colocar no monte para passar ... sinto-me novamente a tudo eu para todos ... não me agrada e hoje apetece-me mesmo a despedida ... sinto-me muito mais que isso, que empregada, desprezada e esquecida. Apetece-me que alguém olhe por mim ... não peço que olhem para mim mas que olhem por mim. A vida não é fácil mas não tenho que permitir que a dificultem mais ainda. Não me apetece. Já vivi os desequilibrios que tinha para viver. Não me apetece que as limitações dos outros me sufoquem. Não quero. Quero fugir .... eu só quero fugir. Afinal, eu sou conflituosa. Larguem-me. Deixem-me. Desapareçam da minha vida. Vivam lá desacansados com o vosso egoismo, com os vosso ultra, alter, e supra-egos. Xô!!