Este projecto é definitivamente um desafio.
Não foi uma ideia minha, nem nunca poderia ser mas, é na realidade, uma espécie de adopção que fiz.
A Joana propôs-me a coordenação da promoção da exposição, e muito embora o trabalho enorme e a não compensação financeira que isto me dá, ou não dá, compensa-me em gozo e em realização pessoal e profissional.
Perceber que tenho carta branca para arranjar 'media partners', parceiros investidores e gerir a promoção e divulgação à m inha maneira, dá-me alento para continuar.
Hoje viemos à minha primeira exposição, - Viana do Castelo -, depois de tantas alterações com as datas e com a logistica foi uma sorte nada hoje correr menos bem.
Nada de grave.
A deslocação e os transportes funcionaram. Entre a Campanhã e o Bom Sucesso, um senhor taxista que nos auxiliou e informou muito simpaticamente sobre os promenores da camioneta para Viana. Enquanto esperávamos pela AVIC, pedimos um sumo de laranja natural e uma sandes de fiambre no Café Convivio, em frente ao conhecido Hotel Tuela no Porto. Muito vento mas sol. Camioneta para Viana, breves paragens em Póvoa e Esposende, onde haveremos de voltar para outra exposição. E Viana. Viana marca à chegada. Tem mar, tem serra e magia. Um eletrico para o monte Luzia que não podemos visitar por falta de tempo. Fica a promessa para dia 23, no encerramento.
O terminal moderno, limpo e de fácil 'entendimento'. Caminhámos a pé para a Residencial que fica a escassos 150 metros. Cool, moderna, castiça. Atendimento do melhor. Mapas com referências e tempo para um xixi antes de sair para a Praça da República, onde nos espera a Diana Torres, uma miuda de vinte e poucos anos, administrativa na câmara de viana e a estudar engenharia civil e o Senhor Paixão.
Uma festa do Senhor Paixão logo à nossa chegada, surpreendentemente os paineis estavam montados e os braços da escultura, apesar da forma aleatória que deixou a Joana completamente 'passada da mona', também.
Em poucos minutos, a Joana deu por falta de material para a exposição. Entre telefonemas e combinações conseguimos que a Diana, que jantaria no Porto com o namorado que é militar se encontrasse com uma equipa da pareceira de Coimbra para transferir o material. Entretanto entre todos montámos a exposição, o senhor paixão, figura indescritível, regressou a Coimbra e a Joana pediu recolhimento para montar a escultura sem um guia ou o mapa/puzzle de ajuda. A Diana e eu demos a volta ao quarteirão. Viana tem Sé mais linda que alguma vez vi. Quando regressámos já éramos amigas. Descobrimos que a Ana Fragata, colega no LNEC, é professora dela na faculdade. Portugal é pequeno. Por fim, Diana sai para jantar e Joana e eu também. Primeiro fomos ao Porto, ver o Gil Eanes e voltinha pela baixa histórica antes de jantar no recomendado Maria Perres. Muito muito bom. Outra coincidência: o Senhor Carlos que nado e criado nos Olivais, é do Benfica, trabalhou no Centro Hipico de Lisboa e depois no Sporting. Militar apaixonou-se por uma minhota e prometeu aos sogros ficar em Viana. Já lá vão 29 anos ... Bacalhau á Maria Perre, tinto alhandra, azeitonas temperadas com pimentão, queijo e pasteis de bacalhau, leite creme à sobremesa ... e 34 euros. Á quantidade e qualidade foi muito barato. É o que dizem ... come-se bem e barato. De volta ao quarto, cansada e a morrer de saudades do filho e do marido. Não sei viver sem eles.