terça-feira, 31 de agosto de 2010
Joana
Conheço poucas Joanas. Tenho uma prima Joana fantástica, com um feitiozinho muito 'elisabete' e no entanto é um doce com um metro e tantos centimetros, e de quem tenho saudades, saudades da frontalidade e da 'reguilice'. Mas sobre esta escreverei um dia destes ... adoro-te.
E tenho uma amiga Joana que vejo com alguma frequência e nem por isso as palavras são o que melhor temos em comum. Tem dias que não nos entendemos. Ela ouve qualquer coisa que eu não disse e eu oiço qualquer coisa que ela também não disse. Pode parecer conversa de surdos mas não é. Comunicamos melhor através do olhar. É daquelas amigas que apetece ter sempre e sei que estará sempre mesmo que com dificuldade em dias como o de hoje. É sensível e doce. Acho que já aprendeu a receber e a sentir à intensidade 'luz' como eu sinto. Temos uma partilha incomum, muito coisa de 'gaja'.
Adoro-te como tu sabes!
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Tejo
Da janela do meu gabinete que se pendura sobre o Terreiro do Paço, aprecio as gentes que se passeiam e sorriem à minha Lisboa. Orgulho-me.
Olho em frente e o Tejo transparece vida num azul azul em que apetece molhar.
Lá fora, dizem, 42.ºC ... os barcos cruzam-se entre margens e as pessoas entre vidas. Apetece explorar, sair e partilhar ... conversar, saber delas e elas de mim.
O Karma é o mesmo mas ... o ciclo é novo.
E neste ciclo novo ...
Apetece-me ...
Há muito que não partilhava ...
hoje apetece-me ...
apetece-me escrever para não me esquecer de tudo o que me apetece fazer
apetece-me esquecer tudo o que me faz sofrer
apetece-me esquecer palavras, olhares e gentes
apetece-me questionar a dignidade da humanidade
apetece-me saber de todos os erros que foram cometidos e não cobrados
apetece-me cobrar a imaculidade de todos
apetece-me falar
apetece-me ouvir
apetece-me pedir perdão e perdoar
apetece-me saltar lá de cima sem rede
apetece-me a surpresa de uma rede com braços
apetece-me os mimos do meu filho
apetece-me escrever o que de hoje em diante vou fazer ...
apetece-me viver e amar, sorrir ... não chorar mais.
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