quinta-feira, 21 de julho de 2011

Estou a ficar crescida :)

Pergunto-me se o avançar da idade não só machuca o rosto como também recauchuta o carácter.... estou finalmente a tornar-me intolerante!
Sempre dei demasiada atenção e depositei demasiada intenção e dedicação aos outros.
Não sei porquê. Posso pensar que é característica do meu signo e que todos são assim ... não são! Ou então que são os genes ... mas esses coitados não foram de todo para aqui chamados. Ambos progenitores, cada um à sua maneira, respiram egoísmo! Na verdade ... acho mesmo que foi da educação que tive. As minhas avós, as duas, incutiram muito bem a sua maneira de ser e de estar em mim. Orgulho-me disso.
Mas ... entristece-me que a vida depois de tantos coices não me tenha tornado mais dura e cruel. E isto não tem que ver com decisões ou atitudes. Essas são só da minha responsabilidade. Nem sempre foram as escolhas certas, nem sempre foram escolhas moral e socialmente aceitáveis ... mas eu sigo sempre a minha razão que é emocional, não conheço outra. Ás vezes penso que gostaria de conhecer, e outras tenho a certeza de que não e de que gosto tanto de mim assim. E isto não é desculpa para nada.
Á porta dos 39 continuo a gostar de cores, de tótós, de rir á gargalhada, da família, dos amigos incondicionais, dos conhecidos todos ... de reencontros, de casa cheia e de alegria conudo já não aturo manias, vontades egoistas ou birras. Aturo as minhas e muito mal. Não procuro que gostem de mim e não me esforço por gostar de ninguém. Não guardava rancores e agora colecciono. Não me admito sofrer, seja como for, por ninguém que não escolha. E se dantes conseguia esperar serenamente pela vingança, hoje vou à procura dela.
A maturidade traz confiança e a intolerância. Por isso é que sempre quiz ser crescida.



sexta-feira, 8 de julho de 2011

Tão longe e tão perto ...

O buraco?
Não sei onde está o buraco agora ...
Até ontem, achava-me miserável por não conseguir enfiar-me no buraco e  ficar por lá uns dias ... ele não me deixa. Cuida de mim.
 Não me deixa ter esta relação paralela com o buraco.
Quer que seja uma relação partilhada e não consigo.
Hoje sinto-me a aguentar. Não fui visitar a minha avó ao hospital porque não sentia forças.
E eu preciso de todas as minhas forças para isso. Não sou nenhuma super-mulher.
Já lá vai o tempo em que a energia e a força aguentava qualquer impacto emocional. Ía a todas, assim fosse preciso. Agora vou na mesma mas ao meu ritmo ou um dia destes ... tiro férias num hospital qualquer fruto de um surto nervoso, um avc ou lá o não quero que seja!
Escrevo isto não é porque sim, é porque sinto que estou muito perto do perigo dessas 'férias' e não as quero conscientemente.
Ainda hoje ao telefone com um amigo recomendava que se cuidasse ... e pensava que devo essa atenção a mim própria.
Não vou travar mas vou reduzir prudentemente. Tem mesmo de ser.