terça-feira, 22 de abril de 2008

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Vazia, dormente, triste, expectante ... não sei bem como me sinto. Quero sentir e não consigo ... quero conseguir dizer estou assim ou assado e não consigo ... não sinto nada ou melhor ... ou sinto invadir-me uma tristeza intensa ou uma vontade quase incontrolável de fugir para longe, tão longe que consiga esquecer-me do que me aflige. É egoísmo pois é! É covardia .. talvez seja! Pois que seja! Assistir a agonia de alguém que se ama tanto é de uma dor e de uma angústia tão profunda que não se consegue quantificar ou qualificar. A impotência de não se poder fazer nada, o desespero de não saber o que se dizer, a incerteza do que se vai passar ... tudo isso leva a um estado de inércia e de apatia enorme. Eu sei, eu sei que a vida é um dia a seguir ao outro ... dizem-me para me agarrar à esperança, para rezar ... mas a minha relação com a religião nunca foi muito cordial. Quando não consigo compreender a irracionalidade de algumas questões apago-las de mim ... e há questões na religião que ultrapassam a sensatez e racionalidade e nisso ... santa paciência ... não permito que me passem um atestado de ignorância ou de estupidez. Não acredito no facilitismo. Eu acredito nas pessoas ... ainda acredito nas pessoas, acredito no universo e na energia dele ... acredito que cada um de nós tem qualquer coisa de especial ... acredito na dedicação, acredito no amor e na incondicionalidade das emoções. É isso que me dá esperança ... as emoções!

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